O presente artigo, de cunho teórico, analisa o lugar dos rankings nas políticas de Educação Superior do Estado Brasileiro tendo como parâmetro quatro mandatos presidências, dois mandatos do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), marcados pela implantação das reformas neoliberais, e dois mandatos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), como alternativa de esquerda democrática para América Latina diante da expansão neoliberal. Defende-se a hipótese de que passados quatro mandatos e o governo de dois presidentes representantes de projetos políticos teoricamente opostos, os rankings, enquanto estratégias de estímulo da concorrência para a melhoria da qualidade da educação superior ganharam consenso e legitimidade técnica no âmbito governamental, deixando de serem políticas de governos específicos para se tornarem política de longo prazo do Estado Brasileiro, acima dos interesses dos grupos políticos que se alternaram no poder.
This article, of a theoretical approach, examines how the rankings work in the policies of Higher Education of Brazilian State, taking as a parameter four presidential terms: two mandates of the government Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), marked by the implementation of neoliberal reforms, and the other two of the government Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), an alternative to the democratic left in Latin America in face of the neoliberal expansion. It is supported the hypothesis that after four terms and two different presidents that represent theoretically opposing political projects, the rankings, considered as strategies for stimulating competition to improve the quality of Higher Education gained technical consensus and legitimacy within the government, ceasing to be policies of specific governments to become long-term policies of the Brazilian State, above the interests of political groups that alternated in power.