Uma das principais características da nova economia é a transição da eficiência individual para a eficiência coletiva. A competitividade é, e será cada vez mais, relacionada ao desempenho de redes interorganizacionais e não de empresas isoladas. Ao mesmo tempo, a formação dessas redes tem forte dimensão locacional, associada ao movimento de internacionalização das operações das grandes corporações transnacionais. Do ponto de vista de economias emergentes como a brasileira, importantes mudanças estão tendo lugar, como conseqüência do posicionamento de suas empresas nessas novas redes interorganizacionais internacionais. Este é o foco deste estudo. Um modelo analítico foi desenvolvido para a avaliação de quais setores industriais apresentam potencial para se tornarem competitivos internacionalmente, por demonstrarem possuir as competências organizacionais necessárias. O referencial conceitual foi construído a partir da idéia de que a participação numa rede interorganizacional depende das competências organizacionais desenvolvidas pela empresa e que essa participação vai implicar mudanças na definição de sua estratégia competitiva. A aplicação do modelo foi operacionalizada em um amplo survey da indústria no país. Os resultados permitem realizar uma primeira identificação do posicionamento das empresas em redes internacionais assim como avaliar a competitividade em seus diferentes setores industriais.
One of the key features of the new economy is the change from individual to collective efficiency. The main determinant of the successful delivery of the goods and services demanded by global or regional markets is the joint performance of firms networked as strategic alliances, production or value chains or industrial clusters. The starting point for the development of this study was the idea that participation in an entrepreneurial network influences the conditions for the establishment of the firms' strategies and the formation of competencies. Searching for empirical evidences for that argument, we developed a survey (490 respondents) about the recent evolution of industry in Brazil to see how local firms are redefining their strategies, organization and building relationships to survive and compete in a globalised and networked economy. The outcomes of the research reinforce the importance of networks as a basic concept for the analysis of competitiveness at firm and aggregate levels. Regarding the new organizational architecture of the Brazilian industry, what was observed was the widespread alignment of local firms into value chains led by TNC's and their subsidiaries, a limited number of strategic alliances, and a significant number of isolated firms, unable to respond to the demands of the new competition.