OBJETIVO: Calcular a prevalência do aleitamento materno entre crianças menores de dois anos de idade, residentes na região Noroeste de Campinas, São Paulo. MÉTODOS: Estudo transversal foi conduzido, em 2001, junto a 4 103 crianças, questionando sobre data de nascimento, sexo, alimentação e serviço de saúde utilizado. O questionário foi aplicado em 42 postos de vacinação durante a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite (Campólio). A dieta foi classificada em amamentação exclusiva, predominante, continuada e aleitamento artificial. RESULTADOS: No primeiro semestre, a prevalência de aleitamento materno exclusivo foi de 31,6% e a de aleitamento total 74,5%. Das crianças com idade entre 6 e 12 meses, 38,0% recebiam leite materno. No segundo ano, a prevalência de aleitamento materno foi reduzida para 22,1%. O aleitamento materno exclusivo passou de 72,2% aos 7 dias de idade para 53,8% aos 15 dias, 33,3% aos 3 meses, 10,0% aos 4 meses e 5,7% aos 6 meses. A prevalência do aleitamento materno total foi de 100,0% aos 7 dias; 79,1% aos 3 meses; 54,3% aos 6; 34,4% aos 12 meses; 26,1% aos 18 e zero aos 24 meses. A mediana de amamentação exclusiva foi de 67 dias e a de amamentação total foi de 6,6 meses. Das crianças vinculadas ao Sistema Único de Saúde, 42,2% receberam aleitamento materno, em contraste com 34,4% das usuárias de serviços privados (p<0,00001). Após controle pela idade, o efeito protetor do Sistema Único de Saúde se manteve, só desaparecendo quando se incluiam as variáveis renda familiar e escolaridade materna. CONCLUSÃO: A prevalência de aleitamento materno está abaixo das recomendações oficiais.
OBJECTIVE: To calculate the prevalence of breast-feeding among children less than two years old, in the northwest region of the city of Campinas, São Paulo, Brazil. METHODS: A survey was conducted in 2001, with 4 103 children, querying about birth date, gender, feeding practices and health services routinely used. The questionnaire was applied at the 42 public immunization centers during the 2001 National Campaign against Polyomielites. The child's diet was categorized as exclusive breast-feeding, predominant breast-feeding, continued breast-feeding and bottle-feeding. RESULTS: The prevalences of the exclusive and the total breast-feeding in the first semester were, respectively, 31.6%, and 74.5%. Among children aged from six to twelve months, 38.0% were breast-fed. In the second year, the prevalence of breast-feeding was reduced to 22.1%. Exclusive breast-feeding changed from 72.2% at the 7th day of life, to 53.8% at the 15th day, to 33.3% at the 3rd month, to 10.0% at the 4th, and to 5.7% at the 6th month. The total breast-feeding prevalence was 100.0% at the 7th day, 79.1% at the 3rd month, 54.3% at the 6th, 34.4% at the 12th, 26.1% at the 18th, and none at the 24th month. Exclusive and the total breast-feeding medians were, respectively, 67 days and 6.6 months. Among children who attended the public health system, 42.2% were breast-fed, against 34.4% of those who attended a private service (p<0.00001).The protecting effect of the Public Health Service remained, when the statistic model was adjusted for age; conversely, it vanished, when variables like income and maternal education were included in the model. CONCLUSION: The prevalence of breast-feeding is below official recommendations.