OBJETIVO: Descrever as práticas de amamentação em grupos vulneráveis residentes na área de cobertura do Distrito Noroeste de Campinas. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, utilizando levantamento de caráter censitário, denominado busca ativa, em visitas a todos os domicílios da área estudada. Foi feito um estudo exploratório das práticas de aleitamento materno em população moradora de região urbana periférica em vulnerabilidade social, com aproximadamente 165 mil habitantes, atendidos por três unidades básicas de saúde. RESULTADOS: Foram encontradas 1.139 crianças com até seis anos de idade, com 72,6% das famílias abaixo da linha de pobreza. A amamentação ocorreu em 93,3% dos casos, com mediana de aleitamento materno de 8 meses (IC 95% 7,0 - 8,9 meses), tempo de aleitamento materno exclusivo com mediana de 4 meses (IC 95% 3,9 - 4,1 meses), sendo que mais de 20% das crianças recebiam outros alimentos já no primeiro mês. Grande parte das famílias referiu não ter recebido orientação sobre o aleitamento materno nas unidades básicas de saúde. CONCLUSÃO: O tempo de aleitamento materno e de aleitamento materno exclusivo na área do estudo, encontrado por busca ativa, foi superior à média nacional e também ao observado em populações com características socioeconômicas semelhantes, o que reforça a importância da incorporação dessa estratégia pela Atenção Básica, nas ações de promoção do aleitamento materno.
OBJECTIVE: This study describes the breastfeeding practices of vulnerable groups living in an area covered by the Northwest Health District of Campinas (SP), Brazil. METHODS: A cross-sectional study was done by visiting all families in the studied area and performing a census-like survey called active search. An exploratory study was done of the breastfeeding practices of a socially vulnerable population living in the outskirts of Campinas. This area has approximately 165,000 inhabitants and three primary healthcare facilities. RESULTS: The survey found 1,139 children under six years of age and 72.6% of the families were below the poverty line; 93.3% of the children were breastfeed for a median of 8 months (CI 95% 7.0 - 8.9 months); exclusive breastfeeding lasts a median of 4 months (CI 95% 3.9 - 4.1 months), and more than 20% of the children were given other foods during their first month of life. Most of the families reported that the primary healthcare facilities gave them no information on breastfeeding. CONCLUSION: Breastfeeding and exclusive breastfeeding in the studied area found by active search lasted longer than the national average and longer than those of families with similar socioeconomic characteristics. This reinforces the importance of primary healthcare incorporating this strategy in actions that promote breastfeeding.