OBJETIVO: Investigar a adequação das práticas alimentares no primeiro ano de vida e seus fatores associados na cidade de Porto Alegre (RS). MÉTODOS: Este estudo transversal foi realizado durante a Campanha Nacional de Imunização no ano de 2008. Utilizou-se amostragem por conglomerados em dois estágios e foram avaliadas 1.099 crianças menores de um ano de idade, em 31 postos de vacinação. A coleta de dados consistiu da aplicação de questionário estruturado sobre características maternas, uso de chupeta, consumo de leite materno, de leites artificiais, chá, água, alimentos complementares e de alimentos de baixo valor nutricional pelas crianças. Para estimar a associação entre variáveis maternas, uso de chupeta e práticas alimentares, foram utilizadas análises de regressão logística. RESULTADOS: A prevalência de aleitamento materno exclusivo foi de 47,1% entre as crianças com até quatro meses de vida e de 21,4% entre as crianças entre quatro e seis meses. A frequência de aleitamento materno exclusivo foi maior entre as crianças que não usavam chupeta, que não eram primogênitas e cujas mães não trabalhavam fora de casa ou estavam em licença maternidade. Melhores práticas de alimentação complementar foram observadas em crianças cujas mães tinham maior nível de escolaridade e trabalhavam fora de casa. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou a existência de fatores de risco para a interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e o consumo de alimentos inadequados aos lactentes.
OBJECTIVE: The present study aimed to investigate the adequacy of feeding practices in the first year of life and associated factors in the city of Porto Alegre (RS). METHODS: This cross-sectional study was performed during the national vaccination campaign in 2008. Two-stage cluster sampling was used and 1,099 children under one year of age were evaluated at 31 vaccination sites. Maternal and breastfeeding data and the use of pacifiers, infant formulas, tea, water, complementary foods and low-nutrient foods were investigated using a structured questionnaire. Logistic regression analyses were used to estimate the association between maternal characteristics, use of pacifiers and infant feeding practices. RESULTS: The prevalence of exclusive breastfeeding was 47.1% in children aged up to four months and 21.4% in children aged four to six months. The prevalence of exclusive breastfeeding was higher in children who did not use pacifiers, who were not firstborns and whose mothers were on maternity leave or not employed. Better complementary feeding practices were observed among employed mothers with higher education level. CONCLUSION: This study evidenced the existence of risk factors for early discontinuation of exclusive breastfeeding and inappropriate feeding practices.