O objetivo deste texto é discutir um tema pouco debatido em análises de conjuntura no Brasil que é a precisão das estatísticas sobre o grau de utilização da capacidade produtiva. Partimos da pesquisa de Robin Marris sobre a economia da utilização de capacidade e sugerimos duas interpretações do comportamento das firmas com respeito à tomada de decisões sobre como utilizar a capacidade produtiva. A seguir, avaliamos dois tipos de metodologia para mensuração de capacidade. Concluímos que o conceito de capacidade não apresenta uma definição teórica única e sua mensuração é bastante difícil, implicando que a interpretação dos resultados estimados deve levar em conta as restrições conceituais e metodológicas da variável grau de utilização de capacidade.
The aim of this paper is to discuss a subject that has not deserved much attention in economic analysis in Brazil: it is about the accuracy of the measure of the degree of capacity utilization. We start with the research by Robin Marris about the economics of capacity utilization and we suggest two interpretations about the behavior of the firm in respect to the decision about how to use productive capacity. Next, we investigate two types of methodology about how to estimate empirically the degree of capacity utilization. We conclude that the concept of capacity does not present a unique theoretical definition and that its empirical estimation is quite difficult, implying that an interpretation of the results should take into account conceptual and methodological limitations of the variable degree of capacity utilization.