Desde o retorno dos fluxos de capitais voluntários para a América Latina nos anos 1990 ocorreu a intensificação dos investimentos estrangeiros nos mercados financeiros locais, os quais assumiram, notadamente, as formas de fluxos de portfólio e de investimento direto mediante a aquisição de participação acionária nas instituições financeiras domésticas. Argentina, Brasil e México foram os três países que mais absorveram esses fluxos destinados à região. O objetivo deste artigo é analisar os efeitos desses investimentos sobre os sistemas financeiros domésticos desses três países latino-americanos, que, longe de serem homogêneos, se diferenciaram em função do grau de abertura financeira e da gestão macroeconômica.
In the 90's, the context of the renewal of capital flows to Latin America, the foreigner's investments in the local financial markets intensified not only as portfolio investments but as direct stock ownership of the financial enterprises. But, this movement is so far to be homogeneous since there are wide differences in the financial openness degrees and the macroeconomics policies across the countries. For this, we examine the effects of this process on the three Latin-American financial systems - the Brazilian, the Argentinean and Mexican ones - which have attracted the majority of the capital inflows to the region.