O presente estudo buscou investigar e compreender a violência vivenciada em unidades básicas de saúde (UBSs) da perspectiva dos processos de trabalho em saúde. A caracterização da violência nesse contexto, ao identificar e compreender os elementos da produção desse fenômeno, contribui para o seu enfrentamento. De cunho descritivo-exploratório, para a coleta de dados a pesquisa utilizou grupos focais e entrevistas com usuários, trabalhadores e gestores do serviço de saúde. O estudo mostra as consequências e os impactos da violência nas UBSs, retratando atitudes geradas pelos episódios de violência, bem como ações preventivas e mecanismos de apoio e suporte. A análise dos resultados marca a necessidade de se fortalecer não só a humanização e a gestão do trabalho em saúde, mas também a formação dos profissionais, atrelada às melhorias nas condições e no ambiente de trabalho e, consequentemente, na prestação dos serviços de saúde.
This study sought to investigate and understand the violence experienced in basic health units (UBS) from the perspective of the work processes carried out in health. The characterization of the violence existing in this context, achieved by identifying and understanding the elements that cause this phenomenon, contributes to combating it. Descriptive and exploratory, this study gathered data from focus groups and interviews carried out among health service users, employees and managers. The investigation shows the consequences and impacts of violence in the UBSs, portraying attitudes generated by episodes of violence, as well as preventive actions and mechanisms of support and assistance. The analysis of the results shows not only there is a need both to strengthen the humanization and management of the work in health and to train the area's professionals, but also that these actions should be linked to improved workplace environment and conditions and, thus, better health service provision.