Partindo de uma questão sedimentada no campo da psicologia - a interação entre indivíduo e espaço - pretendemos recuar um passo e problematizar o entendimento do que seria esta própria articulação. Tradicionalmente tomada como influência mútua entre objetos estanques e bem delimitados, pretendemos mostrar, por meio da análise das articulações entre modos de subjetivação e espaços urbanos na modernidade, que nenhum dos dois existe como dados. Para tanto, apontaremos que a racionalização do espaço e a individualização da existência são tecidos na trama de relações fragmentadas, cindidas, que marcam a experiência moderna, o que os dissolve, os dessacraliza de sua a-historicidade, de sua inexorabilidade.
Departing from a well established problem in the field of psychology - the interaction between the individual and space - we intend to step back and question the understanding of this very articulation. Traditionally understood as the mutual influence of clearly delimited objects, we intend to point, proposing an analysis of the articulations between subjectivities and urban spaces in modernity, that none of them exists as given data. We shall point, therefore, that the rationalization of space and the individualization of the existence are woven in a web of fragmented relations that mark modern experience, which dissolves, taints, their a-historicity, their inexorability