Propõe-se abordar Gilles Deleuze (1925-1995) como filósofo trabalhador, operário dos conceitos. Afirma-se a filosofia como atividade produtiva no contexto capitalista, o que implica a militância do filósofo. Esta luta se faz pela análise da atividade filosófica, como meio de interferência nos processos de produção social, acompanhada pela clínica do trabalho filosófico, como desvio desenvolvido a partir das rupturas analíticas. Discute-se a composição do coletivo de trabalho e a sustentação do gênero de atividade em filosofia por Deleuze. A intercessão com a atividade docente se coloca como crucial. Apresentam-se situações concretas tratadas por Deleuze em sua filosofia: droga, literatura, loucura.
Gilles Deleuze (1925-1995) is approached as worker philosopher, a builder of concepts. Philosophy is defined as a productive activity in the capitalist context, which implies the militancy of the philosopher. This struggle takes place by analyzing the philosophical activity as a means of interference in production processes followed by the clinic of philosophical work, a departure developed out of the analytic ruptures. It discusses the composition of the collective of work and the maintenance of the genre of activity in philosophy by Deleuze. The intercession with the teaching activity appears crucial. Specific situations addressed by Deleuze in his philosophy are treated: drugs, literature, madness.