Analisar a validade e confiabilidade da causa básica e a evitabilidade dos óbitos neonatais ocorridos em unidade de cuidados intensivos da Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal (RENOSPE). A amostra foi de 53 óbitos neonatais contidos no banco de dados da RENOSPE e ocorridos em maternidade de Teresina, Piauí, Brasil. A validade foi feita comparando-se as causas da Rede com as obtidas dos prontuários, sendo calculado kappa, sensibilidade e valor preditivo positivo (VPP). Na análise da evitabilidade, foi utilizada a Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis. Quando comparadas as causas de óbitos entre RENOSPE e prontuários, o kappa foi de 47,6% para causas maternas e 73,9% para malformações congênitas, sensibilidade de 95% e 83,3%, e VPP de 88,9% e 85,7%, respectivamente. O percentual de óbitos evitáveis na RENOSPE foi elevado, sendo por adequada atenção à mulher na gestação em 72% dos casos. As causas classificadas como malformações congênitas foram válidas, e os óbitos evitáveis apontam para necessidade do controle da gravidez.
The aim of this study was to analyze the validity and reliability of data and the avoidability of neonatal deaths in the intensive care unit in the North-Northeast Perinatal Care Network (RENOSPE). The sample included 53 neonatal deaths recorded in the RENOSPE database that occurred in a maternity hospital in Teresina, Piauí State, Brazil. Validity was assessed by comparing causes recorded in the database with those from patient charts and calculating kappa index, sensitivity, and positive predictive value (PPV). Analysis of avoidability used the Brazilian List of Avoidable Deaths. When causes of death recorded in the RENOSPE database were compared with patient charts, kappa was 47.6% for maternal causes and 73.9% for congenital malformations, sensitivity was 95% and 83.3%, and PPV was 88.9% and 85.7%, respectively. The percentage of avoidable deaths in the RENOSPE database was high, attributable to lack of adequate prenatal care in 72% of cases. In conclusion, causes classified as congenital malformations were valid, and the high rate of avoidable deaths points to the need for improved prenatal care.