Neste trabalho buscou-se caracterizar o perfil dos usuários e os gastos relacionados com infliximabe e medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) sintéticos para tratamento da artrite reumatoide no Sistema Único de Saúde (SUS), Brasil. Uma coorte de 2003-2006 foi construída com base nos dados do Sistema de Informação Ambulatorial do SUS, e as análises foram estratificadas por características clínicas e sociodemográficas. Calculou-se o gasto médio mensal per capita para cada ano de seguimento e fatores que o influenciaram. Foram incluídos 26.228 pacientes, a maioria mulheres entre 40-59 anos, residentes na macrorregião Sudeste e com diagnóstico de síndrome de Felty. Medicamentos para artrite reumatoide somaram R$ 74.306.087,18. A mediana de gasto mensal per capita foi de R$ 3.466,03 para pacientes que usaram infliximabe versus R$ 143,85 para os que usaram MMCD sintéticos. O tratamento medicamentoso para artrite reumatoide constituiu a principal despesa no SUS, com elevado impacto econômico devido ao infliximabe. Sexo, diagnóstico, idade e região de residência foram fatores que influenciaram os gastos.
This study aimed to characterize the profile of users and related expenses with infliximab and synthetic disease-modifying anti-rheumatic drugs (DMARD) for rheumatoid arthritis treatment in the Brazilian Unified National Health System (SUS). We constructed a cohort from 2003 to 2006 drawing on databases of the SUS Outpatient Information System. Analyses were stratified by clinical and socio-demographic characteristics. We calculated average monthly expenditure per individual follow-up year and the factors that influenced it. The cohort consisted of 26,228 patients, mostly female, between 40 and 59 years of age, living in the Southeast of Brazil, and diagnosed with Felty's syndrome. Medicines for rheumatoid arthritis totalized BRL 74,306,087.18, of which infliximab accounted for 70%. Median monthly per capita expenditure was BRL 3,466.03 for patients receiving infliximab compared to BRL 143.85 for patients treated with synthetic DMARD. Drug treatment for rheumatoid arthritis was the main expense in SUS, with high economic impact from infliximab. Sex, diagnosis, age, and region of residence were factors that influenced expenditures.