O presente trabalho visa a discutir os modelos de atenção à saúde no âmbito das políticas do Estado brasileiro e sua relação com a medicina ocidental contemporânea. Os autores analisam sucintamente a importância do projeto iluminista na determinação histórica, social e cultural da medicina ocidental como uma racionalidade hegemônica do planejamento e organização desses modelos. Em seguida discutem o papel da tecnocracia estatal na produção e reprodução dessa racionalidade. Para encerrar, apresentam algumas considerações, res saltando a insuficiência desses modelos para solucionar os problemas de saúde da população.
This paper discusses health care models within the framework of the Brazilian State policies and their relation to contemporary Western medicine. The authors briefly analyze the importance of Enlightenment as a historical, social and cultural determinant of Western medicine as a hegemonic rationality in plal1l1ing and organizing such models. This is followed by a discussion of State technocracy's role in producing and reproducing such rationality. The final considerations underscore the inherent insufficiency of such models in solving the health problems of the population.