O hospital na sociedade ocidental contemporânea tornou-se local de delegação social dos doentes e campo de exercício do saber médico. Com o objetivo de analisar como são tomadas as decisões referentes a doença e morte dos internados, na prática dos profissionais de saúde, realizou-se uma etnografia num Centro de Tratamento Intensivo de um hospital público. Uma identidade específica dos profissionais do CTI foi evidenciada, assim como um "sistema" classificatório dos pacientes internados. A análise desses dados aponta a complexidade do processo decisório, no qual o profissional atua apoiado em seu saber, subjetividade e valores culturais.
The hospital in contemporary Western society has become the place of social legacy of the sick, where medical knowledge is implemented. An ethnography was performed at a public hospital's Intensive Care Unit, to study how decisions among medical professionals are taken, concerning illness and death of patients. There was evidence of specific identity of the ICU staff and a classifying "system" for the in-patients. Examination of this data reveals the complexity of the decision-making process, in which the professional's acts are based on his knowledge, subjectivity and cultural values.