Este estudo buscou entender como uma equipe de Saúde da Família (EqSF) identifica as problemáticas ambientais presentes em seu território de abrangência, que potencializam os riscos de contaminação por enteroparasitoses, no município de Venda Nova do Imigrante, Estado do Espírito Santo. Analisa ainda as ações de vigilância ambiental e a utilização dos dados da ficha A do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) relacionados ao meio ambiente para o planejamento, visando à redução da prevalência dessas doenças. Optou-se por uma abordagem qualitativa - estudo de caso - com finalidade descritiva, e pela técnica de grupo focal para a coleta de dados. A análise das categorias selecionadas mostrou que o entendimento dos profissionais de saúde em relação ao conceito de meio ambiente ainda se restringe a uma visão naturalista - que não relaciona o ser humano à dinâmica ecológica da vida de um ecossistema - e que a EqSF não utiliza os dados fornecidos pela ficha A para o planejamento de ações relacionadas às questões ambientais. Quanto à interação com os demais setores governamentais, não-governamentais e a própria população, encontramos inércia no que se refere ao meio ambiente, pois não há diálogo nem empoderamento dessas questões, pela equipe de saúde da família ou pela população.
This study sought to understand how a Family Health team (FHT) identifies the environmental issues present in their geographic jurisdiction, which potentiate the risk of contamination with intestinal parasites in the city of Venda Nova do Imigrante, Espírito Santo state, Brazil. It also examines the actions of environmental monitoring and the use of data from the A form of the Primary Care Information System (SIAB) related to environmental planning, aiming at reducing the prevalence of such diseases. We chose a qualitative approach - case study - with descriptive purpose, and the focus group technique for data collection. Analysis of selected categories showed that the understanding of health professionals about the concept of environment is still confined to a naturalistic view - which does not relate the human being to the ecological dynamics of the life of an ecosystem - and that the FHT does not use data provided by the A form to plan actions related to environmental issues. As for the interaction with other government sectors, non-governmental organizations and the population itself, we found inertia concerning environment, since there is no dialogue or empowerment of these issues on the part of the FHT or the population.