Este trabalho apresenta especificações econométricas inéditas para o consumo agregado das famílias brasileiras em níveis trimestrais, no período 1995-2009. Argumenta-se, em particular, que a utilização de aproximações trimestrais da renda disponível do setor privado (a preços de 1995 encadeados), do crédito disponibilizado às famílias brasileiras (em % do PIB) e (de uma proxy) da taxa de juros real da economia como variáveis explicativas da dinâmica trimestral do consumo agregado dessas famílias gera modelos com elevado grau de ajuste "dentro da amostra" e "fora da amostra". Tais modelos sugerem, ainda, uma elasticidade-renda (privada, excluindo rendas líquidas de propriedade) próxima de 0,4 e semielasticidades-crédito e taxa de juros da ordem de 2% e -2% para o consumo agregado das famílias brasileiras.
This paper presents new econometric specifications for the quarterly behavior of aggregate consumption of Brazilian households from 1995 to 2009. It is argued, in particular, that the use of quarterly measures of both private disposable income (in chained 1995 prices), the credit granted to households (as a % of GDP) and a proxy for real interest rates as explanatory variables for the level of quarterly household consumption lead to well adjusted models "within the sample" with good "out of sample" performance. Moreover, the models presented in this paper point to values of the (approximated) private income elasticity around 0.4 and credit and interest (semi) elasticities of household consumption around 2% and -2%, respectively.