A aplicação da positividade aos contextos organizacionais tem conhecido uma divulgação crescente, mas vê ainda questionada a sua pertinência para as ciências organizacionais. O objetivo deste artigo é analisar criticamente o papel do capital psicológico, constructo central do comportamento organizacional positivo, na criação de valor para as organizações. A partir da atual concetualização de capital psicológico, são examinadas as relações entre este constructo, o capital humano e o capital social, estes últimos reconhecidos pelo seu valor acrescentado para as organizações. É sugerida uma releitura das relações entre estas três formas de capital, assente na sua demarcação, mas também na sua eventual articulação e integração. Esta reflexão crítica é complementada com uma análise da evidência empírica disponível e dos seus contributos e limitações para a assunção do valor acrescentado do capital psicológico para as organizações.
Positivity applied to organizational contexts still has its importance questioned for organizational sciences. The aim of this paper is to critically examine the role of psychological capital, a core construct for positive organizational behavior, in value creation for organizations. Based on the current conceptualization of psychological capital, the relationships between this construct and other two forms of capital, human and social capital, are examined. A reinterpretation of the relationship between these three forms of capital, based on its demarcation, but also on their possible coordination and integration, is suggested. This critical analysis is complemented with an examination of the available empirical evidence and their contribution and limitations to the assumption of the added value of psychological capital to organizations.