O artigo discute a proposta de Skinner para a ciência do comportamento, caracterizando-a como "externalista" (voltada para as relações do organismo com eventos que lhe são externos). Examina-se o discurso de Skinner sobre diferentes explicações para o comportamento, em obras de 1938, 1953 e 1990, a fim de indicar sua preocupação permanente com a definição das fronteiras entre análise do comportamento e (neuro)fisiologia. Apontam-se aspectos da elaboração skinneriana que a tornam insuficiente para sustentar uma declaração coerente sobre a autonomia de uma ciência do comportamento e procura-se ilustrar como essa dificuldade se reflete na literatura contemporânea da área.
Skinner's approach to a science of behavior is discussed with reference to the concept of "externalism" (the search for relations between the organism and external events). Skinner's works, respectively, from 1938, 1953 and 1990, whose discourses deal with different explanations of behavior, are examined in order to emphasize his persistent concern with drawing a clear distinction between behavior analysis and (neuro)physiology. Certain aspects of Skinner's writings, that seem to provide insufficient support for any definitive statement regarding the autonomy of a science of behavior, are highlighted along with resultant difficulties that have arisen in the literature of the field.