Este artigo, em diálogo com a reflexão de P. Molinier, explora as continuidades e as rupturas entre a situação de trabalho do care numa instituição francesa, analisada por essa autora, e o nosso campo de pesquisa em São Paulo, com as trabalhadoras sociais. Primeiro, vimos como a entrada em campo configura distintamente as relações tecidas entre pesquisadoras e interlocutoras e o objeto de pesquisa. Em seguida, observamos como o trabalho do cuidado ganha traços particulares, na medida em que tanto agentes e usuárias compartem a mesma origem social como as ações se desenvolvem no próprio meio.
Responding to P. Molinier s work, this article looks to explore the continuities and ruptures between the care situation in the French institution analysed by the author, and our own research field in São Paulo, involving female social workers. First we examine how access to the field produces distinct relational configurations between researchers, interlocutors and the research subject. This is followed by an exploration of how care work reveals particular features when agents and users have the same social background, and their actions are developed in the same context.