Este artigo analisa a relação entre dedicação/esforço do trabalhador no emprego e vínculo contratual. Parte-se da hipótese de que o tipo de vínculo contratual de trabalho poderia implicar incentivos adicionais de esforço. Por meio dos microdados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), de 2006 e 2007, utilizou-se como proxy de esforço as informações relativas à subocupação, à subremuneração e à falta ao trabalho. Inicialmente, observou-se que existem diferenças significativas de perfil entre os trabalhadores, conforme o seu vínculo contratual. Em seguida, os resultados das estimações mostraram que a disposição do trabalhador se altera conforme seja a proxy de dedicação utilizada. De modo geral, os trabalhadores temporários não costumam a disponibilizar horas extras de trabalho e têm chances maiores de serem subremunerados. Por fim, as estimações feitas não indicam mudança significativa de comportamento entre os trabalhadores, caso se modifique o seu vínculo contratual.
This paper studies the relationship between employee effort and employment contracts. It starts with the hypothesis that the type of employment contract could result in additional incentives for effort. Using indicators for effort (extra hours of work, salary below the minimum wage and absenteeism) taken from the Monthly Employment Survey (PME) in 2006 and 2007, it was observed that there are significant differences in profile between the workers, according to their contracts. In turn, the estimation results showed that depending on the indicator used to measure the effort of the worker, the effort expended by workers changes. Furthermore, temporary workers tend not to provide extra hours of work and are more likely to receive a salary below the minimum wage. Finally, the estimates made do not indicate a significant change in behavior among workers, when their contracts are modified.