O artigo retoma a tese de Hoskin (1993b) segundo a qual o trabalho arqueológico e genealógico de Foucault girou ao redor de problemas educacionais ainda que ele não fosse ciente dessa questão. Além de ratificar ou rejeitar essa afirmação, o texto considera que a noção de "governamentalidade", construída nos seus últimos cursos no Collège de France pode ser mais bem compreendida se considerada a partir da análise das práticas pedagógicas, pois estas constituem práticas privilegiadas de condução da conduta própria e a dos outros. Para suportar essa afirmação, mostraremos, com alguns exemplos derivados de pesquisas prévias, a centralidade das práticas pedagógicas nos modos de praticar a condução da vida na chamada Modernidade e sua relevância nas formas de condução contemporâneas.
The article incorporates the thesis of Hoskin (1993) that the archaeological and genealogical work of Foucault spun around educational issues although he had not been aware of it. Before we ratify or reject this claim, we consider that the notion of "governmentality", built in his last lectures at the Collège de France, can be better understood if it is taken as part of an analysis of pedagogical practices as they constitute privileged conduct practices of self and of the others. To support this claim, we will showthrough some examples derived from previous research the centrality of pedagogical practices in the modalities of the government of life in the so-called Modernity and its relevance in contemporary forms of government.