Neste artigo analisamos diacronicamente as políticas públicas de proteção do risco de desemprego em Portugal, procurando compreender quem são os desempregados protegidos e com que intensidade ocorre essa proteção. Argumentamos que pese embora Portugal, nas últimas décadas, tenha apresentado rácios de proteção no desemprego elevados, os mecanismos de proteção não só se têm revelado incapazes de se adaptar às transformações aceleradas que têm ocorrido no mercado de trabalho, deixando uma proporção crescente de desempregados desprotegidos, como se assiste a uma diminuição significativa dos valores e duração das prestações - o que não deixará de gerar armadilhas de pobreza entre os desempregados.
In this article we analyse diachronically Portugals pattern of unemployment protection, focusing on a description of who are the unemployed covered by social policies and the intensity of this coverage. We argue that though Portugal has presented generous ratios of protection in the last decades, mechanisms of social protection have been unable to adapt themselves to the rapid transformations that have taken place in the labour market, leaving a significant share of unemployed with no protection. Moreover, a new pattern where both the amount of subsidies and their length is diminishing might be emerging, generating poverty traps amongst the unemployed.