este estudo investigou a visão de profissionais da área pedagógica sobre a linguagem de crianças com paralisia cerebral sem fala oralizada e o conhecimento e/ou uso da Comunicação Alternativa (CA) nesses casos. Foram entrevistados vinte e três sujeitos atuantes numa escola especial situada no interior do Paraná e seis eixos de análise definidos a partir de seus depoimentos. Quanto aos resultados mais representativos predomina a visão de que a linguagem está presente através da gestualidade, da expressão facial e do olhar desses alunos. A fala é vista como instrumento expressivo da linguagem assumida como capacidade cognitiva de elaboração de conteúdos internos. Predomina o desconhecimento a respeito da CA e a ausência da utilização sistematizada de seus recursos impede que o aluno ocupe uma posição de "falante" e uma condição participativa no processo educativo. Os entrevistados reconhecem a necessidade de formação específica nessa área. Concluímos que há uma carência generalizada, por parte dos professores entrevistados, quanto ao conhecimento acerca da CA e das possibilidades de manifestação da linguagem de alunos com PC que não podem oralizar.
This study analyses professionals' view of a special education school on the language of persons with cerebral palsy without articulated speech and the use of Augmentative and Alternative Communication (AAC) in such cases. A total of 23 staff members were interviewed at a special education school in the state of Paraná. From their reports six major categories of analysis were defined: 1) teaching experience with the pupils; 2) distinction between speech and language; 3) forms of interaction between interviewees and pupils; 4) knowledge of AAC; 5) aspects related to the improvement of interactions; 6) aspects related to social inclusion. Results point to the existence of language by means of gestures, facial expressions and ways of looking. Speech is seen as a tool for expression, understood as a cognitive ability enabling elaboration of internal contents. In general there is little understanding of what AAC is about and the lack of adequate use of resources prevents students from assuming the role of speakers, fully participating in the educational process. The interviewees recognized the need for specific training in this area. In conclusion, there is a great need for AAC knowledge, related to the ways students with cerebral palsy express themselves linguistically when they are unable to speak.