É preciso interagir com outros seres humanos como meio de sobrevivência, proteção e estimulação, sendo que a comunicação nasce desta necessidade. A comunicação pode ser realizada por meio de códigos linguísticos e não-linguísticos e envolvem, no mínimo, duas pessoas (interlocutores), que trocam entre si uma mensagem qualquer. O objetivo do presente estudo foi investigar a interação de mães de crianças com síndrome de Down e seus filhos e mães de crianças com alteração de linguagem e seus filhos. Foram participantes da pesquisa cinco díades de crianças com síndrome de Down e suas mães e cinco díades de crianças com atraso de linguagem e suas mães. Foram gravadas três sessões de interação espontânea de mãe e criança em ambiente domiciliar. Os resultados mostraram que mães de crianças com atraso de linguagem apresentaram comportamentos mais adequados na interação com seus filhos, tais como equilíbrio da atividade dialógica durante a interação, estrutura gramatical e complexidade do discurso adequado, mais paciência com a criança e adequada entonação da fala. Por outro lado, mães de crianças com síndrome de Down demonstraram mais interesse durante a interação comunicativa.
Interacting with other human beings is necessary for survival, protection and stimulation - and communication emerges out of necessity. Communication can be accomplished through linguistic and non-linguistic codes involving, at least, two people, classified as interlocutors, who exchange messages between each other. The aim of this study was to investigate interaction between mothers with Down syndrome children and their children and mothers with children with language disorders and their children. Five dyads of Down syndrome children and their mothers, and five dyads of children with language disorders and their mothers participated in the study. Three sessions of spontaneous interaction between mother and child were recorded at home. The results showed that the behaviors of mothers of children with language disorders were more appropriate when interacting with their children. They showed greater balance of dialogic activity during interaction, better grammatical structure and greater complexity of proper speech, more patience with the child and proper speech intonation. For their part, the mothers of children with Down syndrome showed greater interest during communicative interaction.