As hepatites virais são consideradas um importante problema de Saúde Pública, tanto no Brasil como no mundo. São doenças causadas por múltiplos agentes etiológicos e apresentam diferenças epidemiológicas quanto à sua evolução. Em nosso país, ainda existem áreas de elevada endemicidade pelo vírus da hepatite B (VHB), embora tenhamos tratamento e imunização efetiva. Diante disso, e com a finalidade de contribuir para as políticas regionais de controle do VHB, foi realizado um estudo observacional do tipo ecológico para avaliar os indicadores de incidência e mortalidade por hepatite B no Brasil, em Santa Catarina e Florianópolis, entre os anos de 2001 e 2009, utilizando os Sistemas de Informações em Saúde (Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Informação sobre Mortalidade) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Entre essas regiões, a incidência de hepatite B no Brasil variou de 5,03 a 11,48 por 100.000 habitantes; em Santa Catarina e Florianópolis, a maior incidência foi entre 20 e 39 anos, e a maior proporção de óbitos ocorreu na faixa etária acima dos 65 anos. O trabalho permitiu comparações regionais e nacionais, além de possibilitar a avaliação e planejamento de ações no controle deste agravo.
Viral hepatitis are considered an important public health problem, both in Brazil and in the world. They are caused by multiple etiologic agents and differ as its epidemiological evolution. In our country, there are still areas of high endemicity of hepatitis B (HBV), despite there is effective treatment and immunization. Thus, with the purpose of contributing with the regional policies of HBV control, an observational ecological study was carried out to assess the indicators of incidence and mortality from hepatitis B in Brazil, Santa Catarina and Florianópolis, between the years of 2001 and 2009, using the Information Systems in Health (Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Informação sobre Mortalidades) and Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. The incidence of hepatitis B in Brazil ranged from 5.03 to 11.48 per 100,000 inhabitants. In Santa Catarina and Florianópolis the highest incidence was between the ages of 20 and 39, and higher proportion of deaths occurred in patients over 65. This study allowed regional and national comparisons, and enables the assessment and planning actions to control this disease.