O objetivo deste artigo é explicar porque a tomada de decisão sobre o envio de tropas da Bundeswehr em missões de pacificação, estabilização e de combate no exterior permanece um domínio problemático da política externa e de segurança alemã. O artigo argumenta que prevalece um paradoxo na política externa alemã, que também se reflete na sua política de segurança, entre uma Alemanha que se consolidou como a potência central europeia, como se verifica atualmente na crise da zona euro, por um lado, e, por outro, o desconforto evidente na afirmação de uma política de segurança assertiva, que passaria pela definição de uma estratégia de segurança mais interventiva, à semelhança dos seus parceiros europeus.
The purpose of this article is to explain why decision-making about sending Bundeswehr troops to peacekeeping, stabilization and combat missions abroad remains a problem for German foreign and security policy. The article argues that a paradox prevails in Berlins foreign policy, which is also reflected in its security policy, between Germany as the central geo-economic European power, as the ongoing crisis in the eurozone shows, and its obvious discomfort in assuming a more assertive role in security policy, based on a more engaged security strategy, more like its European partners.