摘要:O artigo traz reflexões sobre a noção de alimentação saudável, produzida no imaginário social na sociedade ocidental contemporânea, orientada por uma concepção de saúde reduzida à busca de cura ou prevenção da doença. Subsídios teóricos das Ciências Sociais e Humanas propiciaram melhores condições para compreender a alimentação como temática intersticial de articulação entre o biológico e o psicossocial. Destacamos a alimentação saudável derivada da racionalidade científica moderna e de normatividade geral e problematizamos a discursividade da promoção da alimentação saudável a partir do conceito de biopoder de Foucault. Não negamos o valor das evidências epidemiológicas sobre a relação direta entre alimentação e adoecimento e reconhecemos que conhecer é melhor do que ignorar quando é preciso agir. No entanto, por entendermos que para o (re)estabelecimento da saúde, em nutrição, é necessário mais do que prescrever nutrientes e alimentos, acreditamos que não devemos normatizar a alimentação e olhar para a informação científica como algo absoluto. Instrumentos conceituais e fundamentos teóricos que não estão no "verdadeiro" do discurso biológico fazem-se necessários nas proposições sobre a alimentação saudável, uma vez que interesses políticos e econômicos dos setores hegemônicos ligados à dimensão biomédica não deixam muito espaço para a discussão das questões psíquicas e sociais
其他摘要:The article approaches some thoughts about the notion of healthy eating produced in the social imaginary in contemporary Western society oriented for health as a search for cure or disease prevention. Theoretical basis of Sciences and Humanities provided better conditions to understand feeding as an interstitial thematic articulation between the biological and psychosocial. First, we emphasize healthy eating derived from modern scientific rationality and general normativity. Then we problematize the discursivity of health promotion from the Foucault's concept of biopower. We do not deny the value of the epidemiological evidence about the direct relationship between food and illness and we recognize that knowing is better than ignoring when action is needed. However, we believe that we should not normalize feeding and look at scientific information as something absolute, because we believe that for the (re)establishment of health more than prescribing nutrients and food is required. The economic and the political interests of hegemonic sectors related to the biomedical dimension does not allow much space for the discussion of psychological and / or social matters. So, new conceptual tools and theoretical foundations that are not in the "true" of the biological discourse are needed in propositions on healthy eating